28 de abr. de 2017

COLDBLOOD - INDESCRIBABLE PHYSIOGNOMY OF THE DEVIL (ÁLBUM)



2016
Nacional

Nota: 10,0/10,0


Tracklist:

1. Indescribable Physiognomy of the Devil
2. Tetragrammaton
3. Darkness Above the Firmament
4. The Synchrony of the Cursed Star
5. Cocoon of Neophyte
6. Demons of Nox
7. Sulphur
8. Draco/Pneumatik Phenom
9. Bury the Universe
10. Metaphysical Evil
11. Indescribable Physiognomy of the Devil (Instrumental)
12. Draco/Pneumatik Phenom (Instrumental)
13. Metaphysical Evil (Instrumental)


Banda:


Diego Mercadante - Vocais, guitarras
Artur Círio - Guitarra solo
Vitor Esteves - Baixo
Markus Couttinho - Bateria


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Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


O cenário Metal do Brasil já possui bandas lendárias, uma vez que a consolidação, ocorrida ainda na primeira metade dos anos 80, permitiu a proliferação de alguns nomes que continuam na atividade, ou que pararam e depois retomaram as atividades. E este é um fator visto em todos os estados do país. O Rio de Janeiro, famoso por sua diversidade cultural, um dos nomes mais importantes do cenário extremo, é a terra natal do COLDBLOOD, quarteto de Death Metal que mostra constante evolução musical de um disco para o outro, mas sem perder sua essência.

Então, o que podemos esperar de “Indescribable Physiognomy of the Devil”, seu mais recente álbum?

Se em “Under the Blade I Die” a banda mostrou um lado influenciado pelo Death Metal da Flórida e em “Chronology of Satanic Events” já se percebia uma evolução técnica densa e até mais musical, em “Indescribable Physiognomy of the Devil” se percebe que o quarteto está com uma musicalidade densa, com uma pegada que ainda tem sua personalidade calcada no Death Metal do início dos anos 90, mas com uma forte carga do Black Metal desta mesma época, sem desvirtuar sua identidade. Ou seja, mais uma vez, a banda dá espaço à evolução, mas me permitam o uso de um velho chavão para ilustrar o que quero dizer de forma mais palatável a todos: quem gosta, vai continuar gostando; quem não gostava (ou não conhecia), melhor dar uma chance ao grupo.

A produção é assinada por Fernando Campos, e a mixagem e masterização foram feitas na Alemanha, por Mersus (baterista do ZARATHUSTRA). Assim como no antecessor, “Indescribable Physiognomy of the Devil” busca aliar uma produção suja e agressiva com qualidade sonora em que se possa compreender o que o grupo está tocando. E isso eles conseguiram, soando ríspido, com bons timbres instrumentais e muito peso. 

A capa é de Rafael Tavares, que deixou claro o que o grupo trata nas letras, ao mesmo tempo em que dá a clara ideia do que o ouvinte encontrará na música que irá ouvir.

Insano, com tempos bem feitos, arranjos bem pensados e uma dinâmica ótima entre instrumental e as partes vocais, esse disco é apaixonante em todos os sentidos, pois estamos lidando com um grupo de muitos anos e calos de experiência. E isso sem mencionar a presença de Alan Silva fazendo alguns vocais em“Draco/Pneumatik Phenom”, ou seja, a formação original mais uma vez estava junta em um mesmo CD.

O disco é bem homogêneo, nivelado por cima, com muita energia e agressividade. Mas por mera referência ao leitor, destacam-se a brutal e obscura “Indescribable Physiognomy of the Devil” e sua carga pesada de guitarras azedas; a opressiva e bem trabalhada “Tetragrammaton”, onde baixo e bateria estão de primeira, criando uma base rítmica intensa e bem trabalhada (e é cheia de mudanças de andamento); a mais direta ao ponto “Darkness Above the Firmament” (que mostra alguns arranjos de guitarras ótimos); a explosão de agressividade intensa em “Cocoon of Neophyte”; o cortejo fúnebre de riffs abusivamente distorcidos e envolventes de “Demons of Nox”, a arrastada e cativante “Sulphur” (faixa do vídeo de divulgação, onde os vocais mostram-se ótimos, indo dos timbres guturais mais intensos aos rasgados sem nenhum problema); a com um jeitão um pouco mais raiz em “Draco/Pneumatik Phenom” (reparem nos duetos de guitarras esbanjando melodias); e a longa e arrastada “Metaphysical Evil”, onde a banda exibe bastante seu potencial em termos de técnica. E de bônus, temos as versões instrumentais de “Indescribable Physiognomy of the Devil”, “Draco/Pneumatik Phenom” e “Metaphysical Evil”.

No mais, “Indescribable Physiognomy of the Devil” mostra que o COLDBLOOD está longe de ser uma banda sem gás ou que sente o peso dos anos. Pelo contrário, eles ainda têm muito o que mostrar e muito o que contribuir para o cenário.

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