3 de jul. de 2016

DALLTON SANTOS - THE INNER THINGS (Álbum)


2015
Independente
Nacional

Nota: 9,0/10,0


Músicas:

1. Sensory Input
2. Visions
3. Deep
4. Mind Control
5. Acquired Impression
6. Outside the System
7. Nikitless


Banda:

Dallton Santos - Guitarras, sintetizadores, teclados
Marcelos Soares - Baixo
Rodolfo Ferreira - Bateria
Marquinho da Luz - Percussão
Arthur Maia - Baixo em "Nikitless"
Fernando Ferraz - Bateria em "Nikitless"


Contatos:

Lanciare Comunicação (Assessoria de Imprensa)


O Brasil já se adequou à realidade musical do restante do mundo.

Sim, pois todos os estilos musicais mais universais já possuem seus fãs no Brasil, ao mesmo tempo em que músicos dos gêneros fervilham por aqui.

E em termos do chama-se Jazz Rock/Jazz Fusion, existem algumas feras em nosso país, e uma delas é, sem sombra de dúvidas, o guitarrista DALLTON SANTOS, de Santo André (SP), que lançou ano passado seu terceiro disco, "The Inner Things", disco que é o centro desta resenha.

Embora seja um disco de Jazz Rock, verdade seja dita: Dallton prima por um espectro mais amplo em termos musicais. Ao mesmo tempo, embora a técnica seja clara, o guitarrista prefere algo mais cheio de feeling, buscando descentralizar as atenções da guitarra. Sim, todos os instrumentos acompanham possuem boa técnica, logo, as músicas em si é que são o mais importante, o conjunto como um todo.

E se preparem, pois "The Inner Things" é um disco viajante, cheio de influências que vão do Jazz Rock ao Soul, do Funk (americano) à MPB sem problemas ou pudores. E é justamente esta fluência musical envolvente que torna o álbum tão delicioso de ser ouvido.

A produção é do próprio guitarrista, com tudo gravado estúdio Área 51, e tendo mixagem e masterização no estúdio Codimusic. O resultado é uma sonoridade limpa e cristalina, essencial para este estilo de música. Cada arranjo musical pode ser ouvido e compreendido sem esforços. A parte gráfica, focada no guitarrista, é de Jean Michel, da Designatios Atrwork, e ficou muito boa.

Em sete canções de duração mais curta, se percebe mais uma vez que o enfoque é a música em si, e que a técnica instrumental é uma conseqüência. E em música como "Sensory Input" (cheia de arranjos detalhados, onde baixo e bateria evoluem muito bem com arranjos de Jazz/Funk, enquanto a guitarra nos brinda com solos de primeira, esbanjando melodia), as percussões latinas em "Visions" (esta cheia de groove funkeado, fora o baixo estar muito bem), a versatilidade jazzística de "Mind Control" (mais uma vez, o feeling de Jazz Rock se faz presente, repleto de arranjos lindos da guitarra), a virtuosa "Acquired Impression" (baixo e teclados fazem arranjos fantásticos, permitindo que as guitarras evoluam de forma natural e bem trabalhada), e a linda "Nikitless" (uma diversidade de arranjos de baixo, bateria e guitarras são ouvidos aqui, mas sempre em um formato melódico. E mesmo virtuosa, nos embala facilmente).

Um ótimo disco, muito criativo, e mostra o quanto Dallton pode oferecer musicalmente.

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