26 de jun. de 2016

SOTO - DIVAK (Álbum)


2016
Nacional

Nota: 8,5/10,0


Músicas:

1. DIVAK
2. Weight of the World
3. FreakShow
4. Paranoia
5. Unblame
6. Cyber Masquerade
7. In My Darkest Hour
8. Forgotten
9. SuckerPunch
10. Time
11. Misfired
12. The Fall from Grace
13. Awakened


Banda:

Jeff Scott Soto - Vocais
Jorge Salan - Guitarras
BJ - Guitarras, teclados
David Z - Baixo
Edu Cominato - Bateria


Contatos:



Existem artistas que parecem picados pelo bicho-carpinteiro, como dizem os mais velhos.

A referência vale para aqueles sujeitos extremamente "workaholic", os viciados em trabalho, e alguns chegam a ser extremos. Mas se de um lado, o músico produz muito, em alguns casos, a qualidade de cada trabalho é em alto nível, onde tudo soa de primeira.

É justamente o caso do vocalista Jeff Scott Soto, conhecido por suas passagens marcantes por YNGWIE MALMSTEEN'S RISING FORCE, AXEL RUDY PELL, TALYSMAN, PANTHER, M.A.R.S., além de empreitadas solo ótimas. Mas sempre se pode esperar o inesperado dele, já que o gosto pessoal de Jeff é bem eclético em termos musicais. E no SOTO, não é diferente, que o diga "Divak", novo disco da banda.

Em termos de música, "Divak" soa como uma continuação de "Inside the Vertigo", de 2015, ou seja, ainda é aquele Metal tradicional moderno, cheio de peso e intensidade. Mas está bem mais eclético em termos de influência, sem contar que o lado técnico também está mais evidente. Sim, já que há certo swing, um groove musical diferente que permeia cada uma das músicas, mas sem deixar que o estilo já delineado pelo disco anterior se perca. E um ponto a ser ressaltado: o quinteto é extremamente talentoso.

Na produção, o próprio Jeff se alia a Edu Cominato (baterista do grupo, brasileiro que chegou a tocar no TEMPESTT) para criar uma sonoridade sólida, pesada e bem gordurosa. Mas ao mesmo tempo, o resultado em termos de clareza é de primeira, logo, fica claro que muito da modernidade sentida é vinda dos timbres modernos e ferozes dos instrumentos.

Em termos de arte, ela ficou muito boa, com um toque que mistura o clássico e o moderno. Ou seja, é um trabalho muito bem feito de Gustavo Sazes (que anda se tornando cada vez mais solicitado por artistas do exterior).

Ótimos refrões, arranjos muito bem feitos, guitarras com bases ricas e solos de primeira, baixo e bateria formando uma base rítmica sólida e bem variada, tudo isso de primeira para que JSS possa mostrar outra faceta belíssima de sua voz única. Ou seja: os vocais não são a único ponto forte de "Divak".

Melhores momentos:

"Weight of the World" - Moderna, cheia de energia, com uma pegada moderna e riffs de primeira linha. E ouçam como o refrão é ótimo, bem como o baixo mostra momentos brilhantes.

"FreakShow" - Sinuosa, ganchuda e empolgante, é rica em arranjos de primeira e com uma bateria de primeira. E novamente o refrão é algo de primeira, isso sem falar nesse groove que nos envolve de cara, sem cartão de visitas.

"Paranoia" - Outra cheia de um perfeito swing, um jeitão bem intenso e guitarras com riffs azedos e intervenções precisas. E como sempre, o refrão mostra aquela capacidade de nos conquistas nas primeiras audições.

"In My Darkest Hour" - Uma linda balada, feita com violões e teclados, fora a bateria estar muito bem. Introspectiva e melodiosa, ela passa longe de ser uma baba, pois é de uma beleza incomum.

"Forgotten" - Outra pauladaça de primeira, que começa como uma balada, ganha peso e possui um refrão excelente, melodioso e que preserva os traços mais introspectivos do início. Mas como é bom ouvir quão bom é o trabalho dessa dupla de guitarras.

"Time" - Mais uma vez, o peso se alia à melodia e a um Groove intenso e provocante, com um andamento um pouco mais cadenciado, o que privilegia o desempenho de baixo e bateria. Mas logo as guitarras dão mais peso, já que a canção ganha uma dose de velocidade e adrenalina.
  
"The Fall from Grace" - Peso e energia brotam dessa faixa ganchuda e cheia de arranjos modernos e pesados.

"Awakened" - Essa já busca ter mais peso e agressividade, mas sem deixa de lado as melodias, algo precioso para Sir JSS. Mas é muito interessante poder ouvir mais uma vez as incursões bem feitas de teclados e o trabalho caprichado de baixo e bateria.

Ah, vão reclamar que não falei do trabalho de Jeff nos vocais em "Divak". Mas respondo com uma pergunta: se faz necessário, com esse que é um dos grandes vocalistas do Metal da atualidade?

Não, chegaria a ser repetitivo ficar citando a interpretação, dicção, forma de postar a voz ou mesmo como ele canta. 

Um grande disco, sem sombra de dúvidas!


Texto: Marcos "Big Daddy" Garcia




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