6 de jul. de 2014

Grave Digger - Return of the Reaper

Nota 9,0/10,0

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E a Morte alemã retorna ao ataque, pois seu Coveiro favorito está de volta, e com plenas forças!

Sim, o GRAVE DIGGER, com seus 34 anos de idade, parece um garoto cheio de energia em "Return of the Reaper", seu novo disco que acaba de ser lançado pela Napalm Records.

Podemos dizer que "Return of the Reaper" é uma volta às raízes da banda, com um trabalho mais simples e um pouco mais direto, que resgata um pouco o que ouvimos em "Heavy Metal Breakdown", "Witch Hunter" e "The Reaper", sem que a banda perca o requinte e elegância de seus discos mais aclamados. Ou seja: podemos dizer que o CD nos trás um GRAVE DIGGER de raiz, mas com os passos em direção ao futuro. A voz esganiçada de Chris continua a mesma, os riffs de Axel estão mais diretos e um pouco mais simples, a base de Jens (baixo) e Stefan (bateria) se mostra segura e firme, e com os teclados de H. P. servindo como pano de fundo. Nada além do grupo na sua mais clássica essência.

A produção sonora está em ótimo nível, limpa e bem arranjada, mas sem deixar a banda soando oca (o que para o grupo é essencial que nunca ocorra), deixando vocais e guitarras bem "na cara", mas sem deixar a base rítmica sem peso. A capa, um trabalho ótimo de Gyula Havancsák, dá um tempero especial ao trabalho do grupo.

Grave Digger
"Return of the Reaper" mostra o grupo vigoroso, mas dessa vez, sem abordar um disco temático, o que permitiu que as composições do disco saíssem bem caprichadas, com cada mínimo detalhe sendo muito bem feito e pensado (e pesado). Pode-se reparar que a banda apostou muito mais nas guitarras, o que deixou o disco um pouco distante do que teimaram por anos em chamar de Power Metal (por favor, eu adoraria saber quem foi que viu similaridade entre o trabalho do HELLOWEEN nos dois "Keepers" e o que o GRAVE DIGGER faz, ainda mais se falarmos no vocal esganiçado e rugido característico de Chris? Os Diggers são uma banda requintada de Metal tradicional, oras...).

O disco é recheado de grandes composições, com destaque para a ótima "Hell Funeral" (grande refrão e ótimos arranjos de guitarra), "War God" (também com guitarras ferozes em riffs cativantes), a não tão veloz e ganchuda "Tattooed Rider", a cadenciada e azeda "Season of the Witch" (Chris está com uma interpretação excelente aqui), a empolgante "Grave Desecrator", a pesada e mais tradicional "Satan's Host" (pesada e com uma levada perto do Rock'n'Roll, uma faixa que poderia ter estado no "Heavy Metal Breakdown" tranquilamente), e  "Death Smiles at All of Us". Só que a baladinha "Nothing to Believe", que apesar de bonita, não se encaixa tão bem com o estilo do grupo (embora, em estilo, lembre bastante o que eles fizeram em "Yesterday"). 

Bem, o bom é saber que o GRAVE DIGGER está de volta, com toda carga, e com um disco muito bom.



Tracklist:

01. Return of the Reaper
02. Hell Funeral
03. War God
04. Tattooed Rider
05. Resurrection Day
06. Season of the Witch
07. Road Rage Killer
08. Grave Desecrator
09. Satan's Host
10. Dia de los Muertos
11. Death Smiles at All of Us
12. Nothing to Believe


Banda:

Chris Boltendahl - Vocals
Axel "Ironfinger" Ritt - Guitarras
H.P. Katzenburg - Teclados
Jens Becker - Baixo
Stefan Arnold - Bateria


Contatos:

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