21 de abr. de 2014

Resenha: Executer - Helliday (CD)

Nota 10/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia


E como dizia um velho bordão dos anos 80, o tempo passa, o tempo voa, mas a música do EXECUTER continua muito boa. Que o diga "Helliday", seu disco mais novo que acaba de sair pela Kill Again Records, e é um murro nos tímpanos, uma aula de como ser Thrash Metal até a alma!

Sim, o quarteto de Thrash Old School de Amparo (SP) continua tão furioso e raivoso como sempre, mas o som do grupo está ainda mais encorpado do que é ouvido em "Welcome to Your Hell", de 2006. Ou seja, a velha fúria Thrasher do anos 80 ainda está presente no quarteto, mas já se nota uma bela evoluída. Os vocais continuam extremamente rasgados (e ótimos, diga-se de passagem), os riffs estão ainda mais densos, trabalhados e furiosos que antes (e muito bem acompanhandos de solos inspirados), e a cozinha do grupo está um pouco mais trabalhada, pois a bateria está bem compassada e com algumas viradas mais técnicas. Mas não se preocupem: quem é fã, vai continuar gostando, e quem ainda não é, vai passar a ser.

Produzido pelo próprio grupo e gravado nos Pínola Estúdios, tendo a mão de João Paulo Pínola na mixagem e masterização, e o trabalho do grupo ganhou uma gravação bem limpa e que deu volume sonoro ao grupo, mas sem obliterar o peso da banda ou diminuir sua agressividade. Está tão boa que os arranjos do grupo estão claros, ao mesmo em que os timbres secos que eles usam nas guitarras estão bem cheios. E assim, criaram um disco fantástico, e que vai pintar como favorito de muitos em 2014, com certeza!

Executer
O EXECUTER mostrou que não só sabe evoluir sem abrir mão de suas convicções sonoras, mas que consegue mesclar um Thrash na veia da escola alemã com a qualidade necessária, aparentemente houve não só espontaneidade em criar as oito faixas do CD, mas ao mesmo tempo, um esmero em cuidar dos arranjos e preocupação no acabamento de cada uma delas. E todos ganham com isso. A parte artística feita por Giovanna Guimarães (capa) e Alcides Burn (layout) ficou bem voltada aos anos 80, mas já mostra alguma lapidação, um esmero, como se buscando transparecer claramente a música que ela envolve, dando ao fã uma dica do que está por vir.

O disco já abre com a furiosa e ganchuda "Helliday" (onde as guitarras mostram sua fúria em riffs insanos, e o baixo aparece em momentos brilhantes), enquanto em "4:00 A.M. (Insomnia)" e "No Sense" (com um pouco mais cadenciado e intenso) mostram faixas com boas melodias nas guitarras e excelentes vocais, mais arranjos muito bons.  Em "Damn Speech", temos uma faixa com andamento moderado, novamente com os vocais preenchendo bem todos os espaços e riffs de cair o queixo. Em "Brain Wash Machine", baixo e bateria dão uma aula de técnica e coesão, em uma canção que beira o Crossover em alguns momentos, enquanto "Hangover" é daquelas que causam muito stagedive sem esforço, com seu andamento ganchudo e suas bases de guitarra bem chapantes. "Deadly Virus" é uma canção mais veloz e dinâmica, que exige bastante da bateria devido ao trabalho nos bumbos, ao mesmo tempo em que os vocais "petrozzianos" fazem a festa, fora os ótimos backing vocals. Já "The Big Pocket of the Shark" é uma cuturnada na boca do estômago bem dada, e vai causar torcicolos por dias em muito, devido ao uso e abuso de riffs bem feitos e ótimas vocalizações.

Parabéns a Juca, Elias, Paulo e Béba por um excelente trabalho, e que vai ficar nos CD players de muitos por dias a fio. No do Pai Marcão aqui, é certo, pois "Helliday" é aquele tipo de disco que realmente vai direto ao coração sem esforços!



Tracklist:

01. Helliday  
02. 4:00 A.M. (Insomnia)  
03. No Sense  
04. Damn Speech  
05. Brain Washing Machine  
06. Hangover  
07. Deadly Virus  
08. The Big Pocket of the Shark


Banda:

Juca - Vocais
Elias - Guitarras
Paulo Castro - Baixo
Béba - Bateria


Contatos:

Metal Media (Imprensa)
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