9 de fev. de 2014

Disgrace and Terror - The Final Sentence (CD)

Nota 8,0/10

Por Marcos "Big Daddy" Garcia

Muitas pessoas restringem seu conhecimento do Metal nacional apenas ao eixo RJ-SP-MG, esquecendo que em todos os estados do país existem representantes honrados do estilo, e a Distro Rock Records comprou a briga de pôr o segundo CD do quarteto paraense DISGRACE AND TERROR, chamado "The Final Sentence", nas lojas.

O quarteto da tão querida Belém, no Pará (de onde vem a primeira banda de Metal nacional a lançar disco, o STRESS), mostra uma mistura empolgante da agressividade do Death Metal com a técnica e adrenalina Thrasher, com um corpo bem anos 8o em sua música, logo, é um coice muito bem dado nos tímpanos. Bons vocais que transitam entre o rasgado com urros guturais, riffs de guitarra ganchudos e vibrantes à lá SLAYER (com belos inserts da velha escola), baixo e bateria coesos e pesados. A música da banda não chega a ser algo novo (e nem precisar ser, oras), mas é muito, muito bom.

Gravado, mixado e masterizado no Estúdio Chaar, por Kleber Chaar e pelo próprio quarteto, a gravação é um suja, remetendo um pouco ao que era feito no início dos anos 90 por aqui, só que menos "esfumaçada" e mais clara e compreensível. Óbvio que isso não lhes tira o mérito musical, mas poderia ser um pouco melhor. Já arte, um trabalho bem simples e eficiente de Alcides Burn (www.theburnart.bolgspot.com.br) emoldura bem o trabalho do grupo, com capa feita por Jota F. Trindade e arte final de Fábio Jansen (www.pencilbluestudio.com), que deixo a banda gráfica com uma apresentação bem soturna e agressiva.

Disgrace and Terror
Em termos musicais, o grupo se sai muito bem, já que são veteranos e sua música usa e abusa de ser agressivo e pesado, mas sem perder a coesão melódica. E temos grandes momentos como em "Psycho Mind" (uma pedrada que abre o disco, com ótimo trabalho de bateria e baixo), a empolgante "No Mercy" (bem rápida de agressiva, agora com as guitarras mostrando um trabalho muito bom com riffs ganchudos), "The Gran Circus in Flames", a excelente "Dead Child" (um pouco mais cadenciada, o que acaba pondo em destaque bateria e vocais, que ficaram muito bem aqui), e "Legado Del Mal", cantada em castelhano, uma versão de "Legado do Mal", que aparece em um split da banda com o INFERNO NUCLEAR, e é cantada por Toño Raro, do RATO RARO, banda de Grindcore da Espanha. E como se não fosse bastante, ainda temos 3 bônus ao vivo (onde quem toca guitarras é Renato Costa) para "Shadows of Violence", "The Sensation is Dead" e "Terrorism" (ouçam até o fim, vale a pena), todas golfando energia, mostrando que o entre o que se ouve no CD e o que se vê nos shows, não existem discrepâncias.

Um disco bem honesto, que merece uma ouvida com carinho, e se você gosta de uma bela paulada Death/Thrash com molho anos 80, este disco é para você.


Tracklist:

01. Psycho Mind  
02. No Mercy  
03. Condemned Humanity  
04. The Gran Circus in Flames  
05. Deep Insanity  
06. The Final Sentence  
07. Dead Child  
08. Legado Del Mal  
09. Shadows of Violence (Live)  
10. The Sensation is Dead (Live)  
11. Terrorism (Live)


Banda: 

Rot - Vocais
Sérgio Inferno - Guitarras
Rômulo Machado - Baixo
Aldyr Rod - Bateria


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