1 de jul. de 2012

As Silence Breaks – The Architecture of Truth (CD)



Infektion Records – Importado 
Nota 9
Por Marcos Garcia

A Austrália tem uma história sólida no Metal, pois já deu ao mundo nomes fortes como AC/DC, Rose Tattoo, Mortification e Paramaecium, ainda tem bandas e mais bandas por lá mostrando a cara, e o mais novo candidato é o quinteto As Silence Breaks, que chega com seu novo CD, The Architecture of Truth.
O que o fã irá ouvir é um autêntico mix entre Thrash, Death Melódico, Metalcore, e disso tudo misturado sai uma música intensa e explosiva, agressiva e melódica nas medidas certas, com vocais urrados agressivos e ríspidos, com alguns inserts mais limpos, ótimos riffs de guitarra, baixo e bateria pesados em uma cozinha rítmica que sabe dar peso e técnica à banda.
Gravado no estúdio de Tim Lambesis (vocalista do As I Lay Dying) em Escondido, CA, com produção de Daniel Castleman (As I Lay Dying, Carnifex, Winds Of Plague, Sworn Enemy), e masterizado nos West West Side Music Studios em Nova York para ser masterizado por Alan Douches (Cannibal Corpse, Unearth, Deicide, The Black Dahlia Murder), e assim, a produção está de alto nível, com cada instrumento em seu devido lugar, sem se embolarem. A capa, bem bonita e enigmática, instiga o ouvinte.
E quando se ouve o CD, é satisfação garantida, pois a alquimia da banda é extremamente funcional, em uma música agressiva e complexa, mas sem em momento algum ficar sem peso e melodia, tendo seus pontos altos em Litany of Fear, com suas ótimas guitarras e vocais ferozes; as empolgantes Decimate e Freedom, ambas com excelente trabalho de baixo e bateria, sendo que na última, temos uns backing vocals bem legais; Biomechanical, com ótimos momentos das guitarras em toda música, bem como dos vocais (há alguns vocais limpos muito bem sacados); a densa e emotiva Instrument of Vengeance, com seu andamento complexo e empolgante, bem como temos os mesmos elementos em Transcendence, que é um pouco mais cadenciada; a explosiva Fire Borne Chaos, que leva ao pogo facilmente por conta das guitarras insanas, sem contar que é multivariada; e a ótima Redeemer, com algumas quebradas de ritmo ótimas, sem contar com a forte emoção que permeia a música.
Mais um ótimo disco para um ano que tem tudo para ser um dos melhores em termos de lançamentos nos últimos 15 anos.

Instrument of Vengeance

Tracklist:

01. Litany of Fear
02. Decimate
03. Freedom
04. Biomechanical
05. Instrument of Vengeance
06. Purpose
07. Transcendence
08. The Warning
09. Fire Borne Chaos
10. Purgatory
11. Discord
12. Redeemer


Formação:

Sam Rilatt – Vocais 
Ben Irwin – Guitarra e vocais
Dan O’Brien – Guitarras 
Kiel Stanger – Baixo 
Reece Kirby – Bateria 


Contatos:


Mystagog – ...Of Old (CD)



Neverheard Distr – Importado
Nota 6
Por Marcos Garcia

O Black Metal do início dos anos 90, com aquele clima ríspido, gravações toscas, musicalidade mais simples e fortes influências de bandas como Bathory e Hellhammer, continua firme e fazendo escola pelo mundo inteiro, mesmo em países com tradição pouco conhecida na cena mundial.
A Hungria, terra do lendário Tormentor, acaba de pôr mais um filho Black Metal no mundo na figura da dupla Mystagog, praticante de um Black Metal cru, ríspido, macabro, simples, direto e bastante azedo, e que é tão adepta do modelo Old School da Noruega que a banda garante que nunca fará shows.
A gravação é muito, muito, muito tosca, o que será para os fãs do estilo um deleite, mas que oculta certas nuances de sua música, prejudicando uma audição mais apurada, mas há quem considere isso parte do charme do estilo, logo, que seja. A capa, bem simples, mais uma vez reforçando o clima Old School que permeia este trabalho.
Composta por Angmar (vocais e bateria, que faz parte do Witchcraft, Diecold, ex-Hell) e Grave (também conhecido por Thanatos nas guitarras e baixo,  membro do Spüolus, Diecold, ex-666, ex-Thy Funeral, ex-Nebular Carpathians), a banda mostra uma sonoridade bastante calcada nos tempos de discos como Transilvanian Hunger e Under a Funeral Moon, só que um pouco mais climático que este, e assim, podemos destacar as músicas ...Execute, com um andamento sinistro e cheio de angústia, assim como o é em Dark Cave and Smoke; a mais cadenciada e suja ...of Old, onde riffs e vocais secos e azedos se misturam em um clima opressivo e mórbido; e Devastating Storm, onde há um pouquinho mais de variação rítmica. Mas apesar disso, o disco ainda carece de mais variações, pois infelizmente, as canções, apesar de boas, são muito parecidas entre si, e o espectro de sua maior influência, o Darkthrone antigo, assombra o disco todo. Ou seja, a banda carece de mais personalidade, pois não basta fazer algo cru, tem que soprar vida nas músicas, e parar um pouco com culto ao que já se passou. Ter gravação crua em uma forma de atutude é uma coisa, fazer a coisa de forma desleixada de propósito é outra, piorada se a banda não tem lá muita personalidade própria.
Um bom disco, uma boa ideia, mas que poderia ter sido mais bem abordada e bem feita, mas acredito que em uma próxima oportunidade, a banda nos dará boas surpresas, pois é capaz disso.

Of Old

Tracklist:

01. …Execute
02. Dark Cave and Smoke
03. ...of Old
04. Growing Moon
05. The Blood and the Flesh
06. Armageddon
07. The Deep
08. Devastating Storm



Formação:

Angmar - Vocais e bateria
Grave (Thanatos) – Guitarras e baixo


Contatos:


Red Corporation - Música nova disponível para download



A banda de Thrash/Death Metal Paulista Red Corporation acaba de soltar mais uma música para download.
A música chama-se Falling to Death, e está disponível no Reverbnation da banda: Red Corporation.
A mesma apresenta o mesmo estilo vigoroso do Single anterior, com mais punch e agressividade, mas ainda assim, com muita influência de estilos mais modernos e agressivos, logo, vemos uma canção que alterna momentos mais rápidos e ríspidos, bem como outros mais amenos, mas sempre mantendo peso, logo, a música se torna uma ótima pedida de uma boa revelação, e que esperamos que, em breve, nos brindem com um CD próprio de qualidade, como a banda merece e sempre nos trás.


Formação:

Leo Guerra - Vocal e Guitarras
Vinícius Francalassi - Baixo e backing vocals
Victor Pegoraro - Guitarras e backing vocals
Leandro Lukas - Bateria



Contatos:

http://www.reverbnation.com/redcorp
http://www.myspace.com/redcorporation
https://twitter.com/Red_Corporation
http://www.youtube.com/watch?v=zwh0rJYC9r8

Darkhron – Hands of Fire Wait (EP)



Independente – Nacional
Nota 8
Por Marcos Garcia

Thrash/Heavy Metal com personalidade!
Assim poderíamos falar do quarteto Darkhron que vem de MG, mais especificamente de Patos, e os rapazes mostram muita garra e eficiência em seu primeiro EP, Hands of Fire Wait.
Vocais sabendo medir melodia e agressividade, riffs de guitarra sólidos e bem feitos, especialmente quando há ‘duelos’ (ou seja, quando os guitarristas se alternam), base rítmica muito bem feita por baixo e bateria bem pesados, sendo que o único ‘porém’ fica por conta da gravação, que poderia ter sido melhor, mas como sempre dizemos, as dificuldade em se gravar um trabalho em alto nível no Brasil chegam a ser extremas, e só mesmo as bandas sabem o aperto que passam para gravarem. Logo, deixemos esse fator um pouco de lado.
A banda usa de uma alquimia bem interessante, com riffs de guitarra e alguns andamentos bem Thrash Metal mesmo, mas surgem aqui e ali algumas doses fortes de melodias do Tradicional, bem como passagens de guitarras limpas bem sacadas, logo, pode não ser inovador, mas é cheio de vida e personalidade próprias, o que é mais importante.
O EP possui três faixas (uma é uma introdução): Blood of Creation, uma faixa não muito veloz, com riffs de guitarra bem empolgantes, bons vocais, passagens mais lentas onde a voz fica bem ‘marlowiana’, fora os bons solos de guitarra; Enslaved by Death, que também não apela para andamentos velozes, mas mais cadenciados e empolgantes, com riffs de guitarra bem legais e cozinha rítmica mostrando bastante peso e intensidade, bem como variedade em sua técnica, bem como duelos de solos de guitarra muito bons, um recurso que caiu um pouco em desuso nos dias de hoje; e a longa e variada Mankind Falls, onde a banda mostra um trabalho digno de menção honrosa, sabendo variar bastante os andamentos para não ficar algo monótono.
Ainda existem umas arestas a serem aparadas, mas cremos que a estrada irá deixar a banda no ponto.
Uma boa revelação, mostrando que enquanto se quiser minerar no Metal de MG, se terá bons nomes surgindo e renovando a cena.

Blood of Creation

Tracklist:

01. Intro
02. Blood of Creation
03. Enslaved by Death
04. Mankind Falls


Formação:

Renan Vitor – Guitarra e vocal
Alexandre Henrick – Guitarra
Davy Morais – Baixo 
Fábio Santos – Bateria 


Contatos:


Killer Klowns – Rollercoaster Ride (CD)



Heart of Steel Records – Nacional 
Nota 10
Por Marcos Garcia


Se o caro leitor for fã de bandas de Alternativo ou Grunge, deve estar ficando de cabelos em pé de preocupação, já que cada vez mais o estilo cai e fica escondido, enquanto o Hard Rock mostra suas garras uma vez mais, retomando com força seu verdadeiro lugar. E o Brasil anda mostrando grandes valores no estilo, e desta vez é o ótimo Killer Klowns que nos chega com seu primeiro CD, o empolgante Rollercoaster Ride.
Desfilando um Hard Rock primoroso, forte, personalizado, envolvente, pesado e contagiante, que mixa bem as influências dos 70 com o dos 80, e temos uma sonoridade digna de nota, e um dos primeiros fatos que nos salta os olhos é que o CD tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, logo, mais que provado que as Prefeituras, tendo um bom planejamento e seriedade, estão dispostas a investir em trabalhos de bandas.
Produzido pela própria banda, sendo gravado nos Casa de Sheba Studios, sob a tutela de Rodrigo ‘Sheba’ Nepomuceno, tendo mixagem e masterização feitos por Brendan Duffey e Adriano Gags nos Norcal Studios, o som que flui do CD é bem limpo e deixa todos os detalhes da música da banda expostos, mas sem perda de peso e intensidade. A arte gráfica é muito boa, com uma capa bem legal, encarte com letras bem trabalhado, tudo nos conformes.
Agora, quando a música começa, o caldo engrossa, porque a banda despeja um Hard’n’Roll pesado, com ótimos vocais com um jeitão ‘neiliano’ bem legal, backing vocals bem postados, ótimos riffs e solos eficientes, baixo bem pesadão e fugindo da marcação vez por outra, e um trabalho de bateria muito bom, sabendo dar peso e conduzir com maestria os andamentos da banda.
Destaques?
É bem difícil achar no disco, porque a homogeneidade entre as músicas torna o disco todo muito bom, mas tem seus pontos mais altos, como em Until The End, que tem vídeo oficial na net, com bases pesadas e vocais competentes, com ótimo refrão; Rollercoaster Ride, com aquele climão alto astral forte e mantendo o nível alto, e um solo muito bom, esbanjando melodia e técnica sem ter fritadas, e estes mesmos elementos são encontrados na grudenta Everytime, com um refrão bem fácil; Addicted to Her é outra cacetada hardona muito bem feita, bastante despojada e digna de aplausos; a linda semibalada Years Gone By, com muito peso e bom gosto; Wild Place é um hardão um pouco mais arrastado e pesado, daqueles feitos para se agitar, com uma linha de baixo ótima; a porradíssima You Can’t Win It All, com um trabalho de guitarras absurdamente bom em riffs certeiros; a baladinha obrigatória Save Your Tears, que de forma alguma é baba ou chata, mas abrilhanta o trabalho do grupo, com bastante feeling; Southern Flight, com seu andamento mais cadenciado e denso; a envolvente Love Burns, outra daquelas que se ouve e sai cantarolando, onde os vocais e bateria se destacam muito; Don’t Take My Heart, uma outra belíssima balada, daquelas que se ouve e se fica emocionado, onde mais um vez as vocalizações e solos de guitarra mostram um trabalho ótimo.
Ou seja, das 11 faixas, podem ouvir todas e ter certeza que estão ouvindo um ótimo trabalho.
Recomendado de olhos fechados.

Until The End

Tracklist:

01. Until The End
02. Rollercoaster Ride
03. Everytime
04. Addicted to Her
05. Years Gone By
06. Wild Place
07. You Can’t Win It All
08. Save Your Tears
09. Southern Flight
10. Love Burns
11. Don’t Take My Heart 




Formação:

William - Vocais
Teets – Guitarra e backing vocals
Baby - Bateria e backing vocals 
PC- Baixo e backing vocals


Contatos: